domingo, 3 de abril de 2011

ANTIGA CHINA

Civilização Chinesa
 
A China é um imenso país, do ponto do vista geográfico, localizada na extremidade oriental do mundo. Este isolamento geográfico explica o fato de muitas descobertas e invenções feitas pelos chineses no Oriente, como a pólvora, a bússola e o papel, custarem a chegar no Ocidente, devido à enorme distância e às dificuldades. A China, assim como a Índia, era procurada por mercadores de especiarias.
Na região norte, próximo do rio Amarelo (Huang-Ho), as chuvas provocaram frequentes inudações e catástrofes. Em consequência, a agricultura e alguns produtos, como o trigo e o milho, deviam ser tratados com bastante cuidado, e longe das áreas inundáveis, obrigando, assim, ao uso de irrigação artificial com um paciente trabalho de tratamento do solo.
Nas montanhosas regiões do centro meridional, dominado pelo rio Azul (Yang Tsé Kiang), ao contrário, o clima era quente e úmido e favorecia o cultivo do arroz. A região era, igualmente, bem servida com uma rede de canais artificiais.

Sociedade
A civilização chinesa é antiquíssima. Ela se desenvolveu no Período Paleolítico nas planícies do rio Amarelo. É possível reconstruir a história da antiga sociedade chinesa mediante a quantidade de material arqueológico que foi encontrado. Com a civilização dos babilônios e dos faraós, foi voltada para a agricultura, que era considerada a primeira das artes. Para dar o exemplo ao povo, o próprio imperador (o "o filho do céu") pegava no arado e lavrava a terra uma vez por ano.
Próximo aos 1500 a.C., a China estava bem organizada em um reino, sob o domínio da dinastia Shang, que reinou do século XII ao século III a.C.
Várias dinastias se sucederam, com divisões de classes.
O período da dinastia Shu (século III a.C.) foi de intensa atividade cultural. Surgiram várias correntes de pensamentos, que vieram a se chamar Centros Escolares, destinados a exercitar o pensamento e estudar a milenar história da China. Destas escolas surgiram grandes pensadores como Confúcio e Lao-Tsé.

 Filosofia

A filosofia chinesa destacava-se através da obra dos seguintes pensadores:
  • Confúcio (Kung Fu-Tsé = o mestre; 551 a.C. - 497 a.C.). Foi um grande o filósofo chinês; viveu e viajou pelas cortes dos reis, oferecendo seus serviços e sua sabedoria aos soberanos e príncipes. Passou boa parte de sua vida ensinando. Não fundou uma religião, mas foi considerado um mestre da vida. A chave de seus ensinamentos foi o exemplo de virtude que vem do alto. A sociedade ideal, para ele, é aquela que mostra respeito e ordem entre o soberano e seus súditos, entre pais e filhos, entre marido e mulher, e entre amigos. Portanto, se essas normas não forem respeitadas, a sociedade cai na desordem e na violência.
  • Lao-Tsé (século VI a.C.). Criou uma religião chamada taoísmo. O nome vem do livro Tao, que prega o caminho, a vida, a retidão dos costumes. Os taoístas criticavam as injustiças, como por exemplo, um pequeno ladrão é punido, ao passo que um grande ladrão acaba por se tornar um grande proprietário. O taoísmo pede a volta do ser humano para a natureza.

 

 Economia

A civilização chinesa se desenvolveu nas planícies banhadas por grandes rios, por isso a dedicação à agricultura foi muito grande. Todavia, outras atividades econômicas foram surgindo, como as indústrias de tecelagem (como palha, cânhamo), principalmente a fabricação de seda, que se tornou especiaria famosa no mundo.
O artesanato à base de bambu, juncos, caniços, peles de animais e madeira era muito desenvolvido. Eram hábeis artesãos em cerâmica, que teve o seu ponto culminante com a fabricação da famosa porcelana chinesa.

 Cultura

Os chineses deixaram obras dignas de atenção no campo da arquitetura (como palácios, templos e túmulos, casas com duplo telhado, terraços delicadíssimos com cursos de água e pontes). Mas a obra de maior destaque foi a Grande Muralha. Na escultura, usando mármore, calcário e alabastro, fizeram estátuas representando forças da natureza, grandes batalhas e animais. Na pintura, fizeram delicadíssimos ornamentos em porcelana e tecido e pintaram murais e decorações para o interior das casas. Empregavam cores vivas e brilhantes.

ORIGEM DO POVO FENÍCÍOS

Origem e localização geográfica
Os fenícios, povo de origem fenícia semita, surgiram a partir do ano de 3000 a.C., numa faixa estreita de terra da costa oriental do mar Mediterrâneo, na região ocupada atualmente pelo Líbano, pela Síria e pelo Estado do Israel.

 Comércio marítimo

 
Proprietários de poucas terras e de solos áridos, os fenícios não se dedicaram à agricultura. Rodeados de montanhas ao norte, ao sul e a leste, apenas o que restava para eles era aproveitar as águas do Mar Mediterrâneo. Vivendo em contato com o mar, descobriram, desde os primeiros tempos, a arte de construir navios e de navegar. Assim, suas cidades muito importantes, como Tiro, Sídon, Biblos e Ugarit, se tornaram portos de onde partiram os navios para o comércio de mercadorias próprias ou de outros países. Seus tripulantes se aventuravam pelos mares em viagens ousadas, conquistando mercados mais longínquos em outros países que já existiram.
Foi assim que os fenícios, além de explorar o Mar Mediterrâneo, fazendo comércio com as ilhas de Chipre, Sicília, Córsega e Sardenha, atingiram o Oceano Atlântico, chegando ao Mar Báltico, no norte da Europa, e percorrendo a costa da África. Os fenícios foram os maiores navegadores e exploradores da Antiguidade. Chegaram mesmo a dar volta completa ao redor da África, em mais tarde 600 a.C., a pedido do faraó Necao, do Egito, numa viagem que, dois mil anos mais tarde, Vasco da Gama iria fazer em sentido contrário. Há quem afirme que os fenícios chegaram até o litoral do Brasil, mas esta hipótese é descartada por pesquisadores e historiadores.

 Produtos econômicos

Os produtos comercializados pelos fenícios foram numerosos. Alguns deles eram comprados de outros países e revendidos em outros lugares. Mas a maioria eram produtos de fabricação própria, como tecidos, corantes para pintar tecidos (como a púrpura, por exemplo), vasos cerâmicos, armas, peças de metal, vidro transparente e colorido, jóias, perfumes, especiarias, entre outros. Seus artesãos eram hábeis imitadores e falsificadores de produtos de outras civilizações. Também os cedros das montanhas fenícias eram exportados. Os fenícios foram, também, os maiores mercadores de escravos da época. Fundaram várias feitorias (pontos de armazenamento de produtos) e muitas colônias em outras regiões, como as ilhas de Malta, Sardenha, Córsega e Sicília, e fundaram, ao norte da África, a célebre cidade de Cartago.

Organização político-administrativa

Os fenícios estavam organizados em cidades-estados, ou seja, cada cidade fenícia constituía um centro comercial independente, com administração pública própria. O governo dessas cidades era exercido por comerciantes influentes, chamados sufetas. Muitas vezes, essas cidades entravam em choque por causa da concorrência comercial. Algumas delas chegaram mesmo a pagar tributos a fim de terem a preferência e a proteção no comércio de seus produtos.

 Cultura

No início, os fenícios utilizaram a escrita cuneiforme da Mesopotâmia. Depois, passaram a usar os hieróglifos dos egípcios. Porém, esses sistemas de escrita não estavam dando satisfação às suas necessidades comerciais. Dessa forma, nasceu a ideia de simplificar a escrita e inventar o alfabeto, que acabou sendo a maior contribuição que os fenícios deram para o mundo, no campo cultural.
Essa importante descoberta nasceu da necessidade de facilitar a contabilidade e elaboração de contratos com outros povos. Assim, inventaram 22 caracteres representando as consoantes; mais tarde, os gregos aperfeiçoaram o alfabeto fenício, acrescentando as vogais, e outros povos começaram a adotá-lo.
Na cidade de Ugarit foi encontrada uma biblioteca com inúmeros tabletes de argila com escritos sobre a administração, a religião e a mitologia da Fenícia.

 Religião

Os fenícios eram politeístas, ou seja, adoravam vários deuses, cujos nomes pelos quais são chamados abaixo:

 Desenvolvimento científico

Os fenícios não foram nada originais no campo científico, copiando teorias, conceitos e ideias de outros povos tudo aquilo que poderia ser de extrema utilidade para eles.
Extremamente ligados ao comércio, a atividade econômica que mais desenvolveram foi o da construção de navios e da navegação. Possuíam excelentes conhecimentos de matemática para a construção de navios e de astronomia, que os auxiliava durante a navegação pelos mares.

ORIGEM DO POVO HEBREU

POVO HEBREU

Origens
 
As origens mais remotas do povo hebreu (israelita) ainda são desconhecidas. A Bíblia continua sendo a principal fonte para os estudos desse povo. As origens começaram com Abraão, chefe de uma tribo de pastores seminômades que, aconselhado por Deus, deixou a cidade de Ur na Mesopotâmia, próxima às margens do rio Eufrates, dirigiu-se para Haran e depois foi se estabelecer na terra de Canaã, na costa oriental do Mediterrâneo (atual Israel).
Essa migração teve um caráter religioso e durou muito tempo até chegarem à terra prometida por Deus.
Abraão, ao contrário dos outros homens da época, acreditava num único Deus, Jeová, criador do mundo, invisível e que lhe tinha ordenado partir para Canaã. Como prêmio por essa obediência e por sua fé, ele recebeu de Deus a promessa de que sua família seria a origem de um povo destinado a possuir a terra de Canaã, onde segundo a Bíblia, manava leite e mel. Essa promessa foi renovada a seu filho Isaac e posteriormente a Jacó (neto de Abraão), que recebeu de um anjo o nome de Israel, que significa "o forte de Deus". Mas a conquista definitiva de Canaã só vai se tornar realidade mais tarde, no século XIII a.C., quando Moisés sai do Egito e conduz todo o povo hebreu para a Terra Prometida, em 1250 a.C.
Conquista de Canaã
Depois que saíram do Egito, os hebreus atravessaram o mar Vermelho (literalmente) e passaram quarenta anos errando pelo deserto da Líbia e pelo deserto da Arábia até que finalmente chegaram às fronteiras da Terra Prometida (atualmente Estado de Israel). Moisés morreu. Josué, seu sucessor, lança uma guerra contra os cananeus e venceu seus adversários próximos. O país dos cananeus torna-se então país de Israel. Deus teria cumprido sua promessa.

MESOPOTÂNEA

MESOPÔTANEA

Origens
Existe uma grande falta de conhecimento sobre a origem dos sumérios, porém há notícia que, por volta de 3000 a.C., eles se estabeleceram ao sul da Mesopotâmia, próximo ao golfo Pérsico.
[Cidades e organização administrativa No começo de sua história, os sumérios fundaram várias comunidades que, pouco a pouco, foram-se transformando em cidades-estados. Dessa forma surgiram as cidades de Ur, Uruk, Lagash, Nippur. As mais importante delas foi Ur.
A região disputada pelos sumérios não possuía um poder central que lhe desse unidade administrativa. Cada cidade era como que um Estado independente, com governo próprio. Cada cidade-estado era governada por um civil (patesi) e por um sacerdote. Essas cidades viviam em constantes lutas e foi o rei Sargão I quem conseguiu dar unidade ao povo sumério, fundando o reino da Suméria, que se estendia da Mespotâmia até o mar Mediterrâneo.
Com a morte de Sargão I, o reino entrou em decadência e caiu em mãos de povos dominadores.
Babilônios
Chefiados por Hamurabi, tomaram conta da Suméria e fundaram o grande Império Babilônico, por volta de 1700 a.C.
Uma inscrição do Código de Hamurabi.
Foi Hamurabi quem elaborou o mais antigo código de leis de que se tem conhecimento na história. As leis contidas nesses código determinavam direitos e deveres do povo e das autoridades. Mas, dependendo da classe social, as pessoas não eram iguais perante a lei no Império Babilônico. Os escravos, por exemplo, não eram considerados como gente, mas sim, como objeto de compra e venda, uma simples propriedade qualquer. Aliás, as civilizações antigas autorizavam a escravatura aos prisioneiros de guerra, ao invés de serem mortos, eram aproveitados como escravos para trabalhos forçados. Vem de Hamurabi a lei do talião: "Olho por olho, dente por dente". Outra lei estabelecia que, se um homem entrasse num pomar e fosse pego roubando, era obrigado a pagar ao dono do pomar uma certa quantia em prata. Esse código teve grande importância nas leis de outros povos.
O Império Babilônico entrou em decadência e foi conquistado pelos assírios, povo guerreiro de grande organização militar e o primeiro a usar os carros de guerra puxados por cavalos. Eram cruéis, violentos, conquistaram vários povos e dominaram a região por 500 anos.
Mais tarde, por volta de 612 a.C., o Império Babilônico se reorganizou (Segundo Império Babilônico) e chegou com Nabucodonosor, que embelezou a cidade, construiu os famosos Jardins Supensos da Babilônia, que eram uma das sete maravilhas do mundo antigo, e mandou construir um grande zigurate. No ano de 1899, durante escavações, foi descoberto um gigante zigurate que se pensou ser a Torre de Babel. A Bíblia, de acordo com a cronologia do Gênesis, data a construção da Torre de Babel como sendo por volta de 2269 a 2030 a.C., na época do nascimento de Pelegue (nome significando divisão). O zigurate construído por Nabucodonosor, que viveu bem mais tarde, tinha 90 metros de base e outro tanto de altura, com o topo recoberto de ouro e azulejos esmaltados de azul.

EGITO ANTIGO

EGITO ANTIGO


Períodos históricos
O vale do Rio Nilo foi habitado desde o Paleolítico.
Com o passar do tempo, surgiram comunidades organizadas e independentes chamadas nomos. Os nomos se agruparam em dois reinos (do Norte e do Sul) e por volta de 3200 a.C. foram todos unificados num só reino pelo faraó Menés. Com ele, começam as grandes dinastias (famílias reais que governaram o Egito por quase 3000 anos).
Costuma-se dividir a História do Egito em três grandes períodos:
No final do Médio Império houve uma grande imigração pacífica dos hebreu para o Egito, que acabaram sendo escravizados e finalmente liberados para voltarem a seu país de origem. Depois dos hebreus, os hicsos invadiram o Egito, aí se estabelecendo por duzentos anos. Introduziram os carros de guerra, aquilo que os egípcios desconheciam, e desde sua expulsão teve início o Novo Império.
Ao final do Novo Império, houve um enfraquecimento do Egito e sua decadência facilitou a invasão e o domínio por parte de vários povos, como persas, gregos e romanos. Nos tempos modernos, o Egito foi dominado politicamente pelos franceses e ingleses, até se tornar independente em 1962, como país moderno com governo próprio.

Sociedade
No Egito, a sociedade se dividia em algumas camadas, cada uma com suas funções bem definidas. A mulher, ao contrário da maioria das outras civilizações da antiguidade oriental, possuia posição excêntrica, podendo ocupar altos cargos políticos e religiosos, estabelecendo relativa igualdade com o homem.
A sociedade egípcia era heterogênea, dos quais se destacam 3 ordens principais:
  • Faraó e sua família;
  • Nobreza (detentora real das terras), Escribas (burocratas) e o Clero (sacerdotes);
  • Felás (camponeses, trabalham presos a terra e em obras públicas);
Cabe ressaltar que entre a segunda e a terceira camada, havia ainda pequenos artesãos, militares, o baixo clero, e comerciantes incipientes que não bem representavam uma nova camada, mas indivíduos sem ordenação política, dependente dos superiores.
Ocorrem escravos, mas em número não relevante.
A classes sociais no Antigo Egito eram (por ordem de importância):
O faraó era um rei todo-poderoso, proprietário de todo o território. A sagrada figura do faraó era elemento básico para a unidade de todo o Egito. O povo via no faraó a sua própria sobrevivência e a esperança na felicidade.
Os sacerdotes tinham enorme prestígio e poder, tanto espiritual como material, pois administravam as riquezas e os bens dos grandes e ricos templos. Eram também os sábios do Egito.
Dos altos funcionários, o mais importante era o vizir, responsável pela administração do império.
Os monarcas eram administradores das províncias ou nomos. Assumiam funções importantes em suas províncias, como as de juízes e chefe político e militar, mas estavam subordinados ao poder de faraó.
Os guerreiros defendiam o reino e auxiliavam na manutenção de paz. Tinham direito a vários benefícios, o que lhes garantia prestígio e riquezas.
Os escribas, provenientes das famílias ricas e poderosas, aprendiam a ler e a escrever e se dedicavam a registrar, documentar e contabilizar documentos e atividades da vida no Egito.
Os artesãos e os comerciantes. Os artesãos trabalhavam especialmente para os reis, para a nobreza e para os templos. Já os comerciantes se dedicavam ao comércio em nome dos reis e nobres ou em nome próprio. O comércio forçou a construção de grandes barcos cargueiros.
Os camponeses formavam a maior parte da população. Os trabalhos dos campos eram organizados e controlados pelos funcionários do faraó, pois todas terras eram do governo.
Os escravos eram, na maioria, perseguidos entre os vencidos nas guerras. Foram duramente forçados ao trabalho nas grandes construções, como as pirâmides, por exemplos

GRÉCIA ANTIGA

GRÉCIA ANTIGA




Há mais de quatro mil anos, uma região excessivamente acidentada da Península Balcânica passou a abrigar vários povos de descendência indo-europeia. Aqueus, eólios e jônios foram as primeiras populações a formarem cidades autônomas que viviam do desenvolvimento da economia agrícola e do comércio marítimo com as várias outras regiões do Mar Mediterrâneo.

Mal sabiam estes povos que eles seriam os responsáveis pelo desenvolvimento da civilização grega. Ao longo de sua trajetória, os gregos (também chamados de helenos) elaboraram práticas políticas, conceitos estéticos e outros preceitos que ainda se encontram vivos no interior das sociedades ocidentais contemporâneas. Para entendermos esse rico legado, estabelecemos uma divisão fundamental do passado desse importante povo.

No Período Pré-Homérico (XX – XII a.C.), temos o processo de ocupação da Grécia e a formação dos primeiros grandes centros urbanos da região. Nessa época, vale destacar a ascensão da civilização creto-micênica que se desenvolveu graças ao seu movimentado comércio marítimo. Ao fim dessa época, as invasões dóricas foram responsáveis pelo esfacelamento dessa civilização e o retorno às pequenas comunidades agrícolas subsistentes.

Logo em seguida, no Período Homérico (XI – VIII a.C.), as comunidades gentílicas transformam-se nos mais importantes núcleos sociais e econômicos de toda a Grécia. Em cada genos, uma família desenvolvia atividades agrícolas de maneira coletiva e dividiam igualmente as riquezas oriundas de sua força de trabalho. Com o passar do tempo, as limitações das técnicas agrícolas e o incremento populacional ocasionou a dissolução dos genos.

Entre os séculos VIII e VI a.C., na Fase Arcaica da Grécia Antiga, os genos perderam espaço para uma pequena elite de proprietários de terra. Tendo poder sobre os terrenos mais férteis, as elites de cada região se organizaram em conglomerados demográficos e políticos cada vez maiores. É aqui que temos o nascimento das primeiras cidades-Estado da Grécia Antiga. Paralelamente, os gregos excluídos nesse processo de apropriação das terras passaram a ocupar outras regiões do Mediterrâneo.

No período Clássico, que vai do século V até o IV a.C., a autonomia política das várias cidades-Estado era visivelmente confrontada com o aparecimento de grandes conflitos. Inicialmente, os persas tentaram invadir o território grego ao dispor de um enorme exército. Contudo, a união militar das cidades-Estado possibilitou a vitória dos gregos. Logo depois, as próprias cidades da Grécia Antiga decidiram lutar entre si para saber quem imperaria na Península Balcânica.

O desgaste causado por tantas guerras acabou fazendo de toda a Grécia um alvo fácil para qualquer nação militarmente preparada. A partir do século IV a.C., os macedônios empreenderam as investidas militares que determinaram o fim da autonomia política dos gregos. Esses eventos marcaram o Período Helenístico, que termina no século II a.C., quando os romanos conquistam o território grego.


  origens históricas
 
A Grécia é uma península banhada por três mares: mar Jônico, mar Egeu e mar Mediterrâneo. Tem a leste a Ásia Menor (atual Turquia). O litoral grego é muito recortado, formando portos naturais. Os mares que circundam a Grécia são pontilhados de ilhas e ilhotas famosas pela sua beleza natural.
Era uma região diferente daquelas habitadas pelos povos orientais que viviam em férteis planícies às margens dos grandes rios, ao passo que os gregos que ocupavam uma área muito montanhosa, tinham que trabalhar duramente um solo pobre e pedregoso para conseguir sua agricultura de subsistência.
Devido à pobreza da terra, nas pequenas áreas cultivadas formavam-se agrupamentos humanos (pequenas comunidades) separadas uma das outras por vários acidentes geográficos, como montanhas e colinas.

 Período Pré-Homérico (século XX a.C ao século XII a.C.)

 
Vários povos de origem ariana e indo-europeia invadiram a região grega e dominavam os povos neolíticos que ali habitavam. Os principais invasores foram os aqueus, os dórios, os jônios e os eólios.
Os aqueus ocupavam várias cidades (Tirinto, Micenas, Tróia). Divididos em tribos, organizaram-se em pequenos reinos (cidades-estados). Por volta de 1500 a.C., já tinham forte organização militar, o que lhes permitiu dominar a ilha de Creta, e lá fizeram sua base militar e marítima. Tornaram-se bons marinheiros e fundaram várias colônias nas ilhas do mar Egeu. Entre os anos de 1280 a.C. e 1270 a.C., os aqueus moveram durante dez anos uma guerra à cidade de Tróia, que foi destruída e incendiada caindo sob o seu domínio. Até a metade do século passado, acreditava-se que a Guerra de Tróia fosse uma fantasia do poeta grego Homero e que a cidade jamais tivesse existido. Mas, em 1871, o alemão Heinrich Schliemann, em trabalhos arqueológicos, descobriu novas cidades destruídas, uma junto às outras, e entre elas encontrou-se o tesouro do rei Príamo (rei de Tróia), comprovando-se desse modo que Tróia existiu de fato.

 Período Homérico

O poeta Homero deixou duas obras poéticas de grande prestígio na época: a Ilíada e a Odisseia.
A Ilíada narra história da cidade de Tróia e a guerra, com todos os seus heróis (como Ulisses e Aquiles) e suas aventuras. Depois de dez anos de duro cerco, os gregos conseguiram vencer a resistência troiana, inventando um enorme cavalo de madeira, com soldados escondidos em seu interior. Os troianos abriram as portas da cidade para receber o enorme cavalo, julgando ser um presente dos deuses. Depois de festejos e bebedeiras dos troianos, os gregos saíram do cavalo e dominaram a cidade. Daí se originou a expressão "presente de grego".
A Odisseia narra as aventuras de Ulisses, um dos heróis da Guerra de Tróia, na sua volta para a ilha de Ítaca, onde era rei. Na sua viagem de retorno, passa por proezas, como livrar-se dos gigantes de um só olho na testa (os cíclopes), resistir aos encantos das sereias (que atraíam os marinheiros para o fundo do mar) e livrar-se da terrível bruxa Circe, que enfeitiçou os marinheiros. A deusa Palas Atena protege o herói durante a viagem, de modo que Ulisses retorna a seu reino, onde a fiel esposa Penélope o esperou por longos anos.
Essas obras se tornaram clássicas como fontes históricas e como base para a educação da juventude grega por séculos, pois realçavam os valores da bondade, da coragem, da justiça, do amor filial, e da luta pelos direitos.

 Genos

Nos tempos homéricos, a sociedade era formada por pequenas comunidades que nada mais eram que a reunião dos membros de uma grande família que obedeciam a um chefe (o pater famílias, família patriarcal). Viviam da agricultura e do pastoreio; os bens e a terra pertenciam à comunidade. (Não havia a propriedade privada.)

Período Arcaico

 Pólis

Os genos cresceram, desagregaram, e surgiu outra forma de comunidade mais ampla, que formava uma unidade territorial, política, econômica e social. Era a chamada pólis, que era uma cidade-estado, independente das outras, com governo próprio e com economia auto-suficiente. A pólis era composta de três partes fundamentais:
  • a acrópole, que era a parte mais elevada, que funcionava como fortaleza e onde ficavam os templos para os cultos religiosos e a administração política;
  • a ágora, que era a praça principal, onde o povo se reunia para discutir os problemas da comunidade e fazer pequeno comércio;
  • a asty que era o mercado central;
  • os campo agrícolas e de pastoreio.
A Grécia era uma grande região formada por muitas cidades-estado independente, mas que, todavia, consideravam uma certa unidade, pois falavam a mesma língua e acreditavam nos mesmos deuses.
O sistema de governo era a monarquia, onde o rei assumia também as funções de chefe militar.

Esparta e Atenas

Entre as cidades-estados, sobressaíram Esparta e Atenas, com características bem diferentes entre si.
 Esparta
O período clássico da Grécia ficou marcado por guerras externas e internas e pelo desenvolvimento e esplendor da cultura grega.
As guerras externas foram realizadas contra os persas. As guerras internas foram devidas às rivalidades entre as próprias cidades gregas, principalmente Esparta e Atenas, que brigavam pela hegemonia (domínio) entre as demais pólis.

Guerras Greco-Persas

 
As causas dessas guerras foram as concorrências comerciais e a vontade que os dois povos de expandir seu domínio entre os povos vizinhos. Os persas ameaçavam o comércio e a vida política de várias cidades gregas. Chegaram inicialmente a dominar a cidade de Mileto, que se rebelou e pediu o auxílio de Atenas. Esta movimentou as tropas contra os persas, dando origem à guerra.

 Primeira guerra

No 490 a.C., grande armada persa, comandada por Dario I, desembarcou na Ática, na planície de Maratona. Guiados por Milcíades, combateram seus inimigos nos seus pontos fracos, num ataque relâmpago.
Os persas não tiveram nem mesmo tempo de pegar em armas, pois já se sentiam dominados.

Segunda Guerra

 
No 485 a.C., no estreito de Salamina, os persas, comandados por Xerxes, filho de Dario, foram novamente derrotados. Os persas, melhor preparados, atacaram por terra e por mar. Os gregos, desta vez, contavam com melhor exército, pois haviam feito uma coligação de cidades contra o inimigo, inclusive Esparta. Os persas atacaram pelo norte, dominaram os bravos espartanos liderados por Leônidas e desceram para o sul, onde incendiaram Atenas. A Grécia parecia derrotada, mas os gregos se reorganizaram e atraíram a esquadra para o estreito de Salamina, local onde favorecia os leves barcos gregos e dificultava os pesados navios persas.
Os persas de Xerxes tinham ainda contra si as pesadas armaduras dos soldados que lutavam por dinheiro, ao passo que os gregos eram movidos pelo grande amor à pátria. Liderados por Temístocles, general ateniense, os gregos liquidaram os persas, que abandonaram seus navios.

Rivalidades que enfraqueceram a Grécia

Terminadas as guerras contra os persas, as pólis gregas voltaram a se fechar nos seus interesses próprios. Atenas considerou-se vitoriosa nas guerras, julgando-se uma salvadora da Grécia.
Com este prestígio e com o medo de novos ataques, conseguiu convencer outras cidades (menos Esparta) para formar uma liga contra futuros ataques dos persas. Surgiu, então, a Confederação de Delos, com adesão de mais de trezentas pólis.
A ilha de Delos foi escolhida como local onde ficaria a sede da liga e onde se guardariam tesouros e bens arrecadados. Essa união provocou a inveja de Esparta que formou também a Confederação do Peloponeso, reunindo várias pólis.
As duas cidades acabaram entrando em conflito e, depois de 27 anos de luta (com 6 anos de trégua veio a Paz de Nícias), Atenas foi derrotada. Mas algumas cidades gregas aliaram-se à cidade de Tebas,

Origens das Lenda Brasileiras

BRASIL CULTURA

O cenário lembra as savanas africanas. O calor é tórrido, e a falta de chuvas do verão amazônico secou áreas sempre inundadas e esvaziou lagos e igarapés, berços da diversidade de Marajó, a maior ilha fluviomarinha do mundo. A aridez, contudo, facilita o trabalho da arqueóloga Denise Pahl Schaan, que desta vez inspeciona um sítio na região da vila de Santa Cruz. O trabalho segue sem surpresas até que um dos rapazes da equipe localiza uma lâmina de machado com suas aletas ainda intactas.

O rosto de Denise, empapado de suor sob o chapéu de abas largas, exulta.

Pesquisadora do museu paraense Emilio Goeldi e da Universidade Federal do Pará, Denise há mais de dez anos investiga a cultura marajoara, resquícios de uma nação que habitou a ilha entre os anos 450 e 1350, e de outros povos ancestrais da região.

Acostumada com as dificuldades da prospecção, é mulher que não se entusiasma fácil. Mas agora tem motivos: o material do qual é feito o machadinho, uma pedra de basalto, não existe em Marajó. Isso ajuda a comprovar a tese, sugerida já na década de 1950 pelo americano Donald Lathrap, do intercâmbio cultural e comercial entre os povos da Amazônia pré-colombiana – caso dos influentes tapajônicos, que viviam mais distantes, no interior. “Como não existem na ilha vestígios desse tipo de rocha, parece improvável que os marajoaras a tenham trazido de fora para fabricar o machadinho. O objeto é um sinal claro de que havia trocas entre os povos”, avalia.
Quando os navegadores espanhóis penetraram no Amazonas, em meados do século 16, eles já observaram tribos populosas ao longo do vasto rio.

Os portugueses vieram depois, e uma descrição mais acurada sobre povos da ilha de Marajó só veio no século 17, em relatos do padre Antônio Vieira. Segundo os estudiosos, sua sociedade complexa – com divisão de trabalho, hierarquia e noção de Estado – poderia ser comparada à dos incas.

Um dos principais sinais de sua passagem são os chamados “tesos”, espécie de colinas artificiais que chegavam a ter até 12 metros de altura e podiam ostentar grandes casas coletivas, cada qual com capacidade para abrigar 20 ou 30 famílias. Os tesos tinham também a função de proteger os moradores contra a água, pois o interior da ilha fica alagado boa parte do ano. Assim como os atuais ribeirinhos, os marajoaras represavam igarapés para criar lagos. Com redes e armadilhas de fibras ou madeira, pescavam e secavam os peixes ao Sol, garantindo comida ao longo de todo o ano. Em suas canoas, viajavam para se relacionar com outros povos e fazer trocas – por exemplo, de vasilhas, tecidos e cestaria por mandioca processada e objetos líticos. E nos rios e lagos buscavam a argila para produzir uma das mais sofisticadas cerâmicas arqueológicas conhecidas em todo o mundo.

A cerâmica marajoara, a exemplo de qualquer outra autêntica forma de arte, perpetuou-se. Ao redor das vilas, na beira da água e em tesos ocultos na mata, fragmentos ou artefatos inteiros estão à espera de ser localizados. Na vila Tessalônica, município de Afuá, encontrar um tesouro arqueológico é questão de tempo: o povoado está assentado sobre um antigo espaço de rituais. Pela manhã, quando as águas do rio baixam, as crianças retiram das margens cacos de peças há séculos soterradas. “Quarenta anos atrás, quando me mudei para cá, havia ainda mais vasilhas inteiras. Muita coisa se perdeu”, diz Joaquim Ferreira, 67 anos, o mais antigo morador do lugar.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Bacterias na sala de Aula

Micro-organismos na sala de Aula

Os microrganismos são seres vivos muito pequenos que não conseguimos visualizar a olho nu, para enxergá-los precisamos utilizar equipamentos específicos como microscópio e lupa (microscópio estetoscópio).
Estes seres vivos encontram-se distribuídos em praticamente todos os lugares da natureza, no ar, na água e no solo podem ser encontrados em ambientes onde existe grande quantidade de alimentos (matéria orgânica e inorgânica), umidade e temperatura apropriada para que possam crescer e se reproduzir.

Sendo assim, os alunos de uma escola estavam realizando várias atividades experimentais sobre microrganismos no Laboratório de Ciências como: investigação com placas de petri onde os mesmos detectaram a presença de microrganismos em diferentes ambientes da escola, micro biota das mãos, lâmina da placa dentária, nesta os alunos visualizaram as bactérias com o auxílio do microscópio óptico e lâmina do iogurte, com a finalidade de identificar a presença de bactérias no iogurte e para finalizar a produção do mesmo.
Com o desenvolvimento destas aulas práticas os alunos puderam observar que o conhecimento e a identificação desses microrganismos, são de fundamental importância, pois estes estão presentes no nosso cotidiano, sejam eles úteis ou prejudiciais.

Civilizações Antigas Orientais

As civilizações do Oriente
 
As mais antigas civilizações humanas tiveram origem no oriente, surgem com o sedentarismo humano, com a organização social dos grupos cada vez maiores e mais complexos e também da necessidade de administrar os excedentes da produção agrícola. Algumas civilizações se destacam como: Egípcios, Babilônios, Hebreus, Fenícios e Persas.
Os rios pela sua importância econômica são o centro dessas civilizações antigas, aponto dessas civilizações serem associadas aos respectivos rios: Egito – Rio Nilo; Mesopotâmia – Rio Tigre e Eufrates; Hebreus – Rio Jordão, entre outros.
Nesse ponto da história humana surge o arcabouço da civilização contemporânea, nos inventos simples como a roda, ou sofisticados como a escrita o homem sai da primitividade.
  As principais civilizações:
 são a suméria, a acadiana, a babilônica, a assíria, a egípcia, a hebraica, a fenícia, a hitita, a persa, a chinesa e a hindu. Apesar de estar no Ocidente, os cretenses têm características comuns aos outros povos da Antiguidade oriental.
  POVOS DA MESOPOTÂMIA –Localizada na faixa de terra entre os rios Tigre e Eufrates, atual Iraque, a Mesopotâmia sempre esteve exposta a infiltrações estrangeiras, invasões e diversas dominações. O sul, de solo mais fértil, é habitado pelos sumérios, enquanto o centro e o norte, de solo mais árido, são ocupados por povos nômades, como os acadianos, os babilônicos e os assírios.
  Acadianos –Originam-se de tribos semitas que habitam o norte da Mesopotâmia a partir de 2400 a.C. Sob o reinado de Sargão, conquistam e unificam as cidades-estados sumérias, inaugurando o I Império Mesopotâmico. Formam os Estados de Isin e Larsa. O Império desmorona-se em 2180 a.C., após as invasões dos gutis, povos asiáticos das montanhas da Armênia. O Estado é centralizado e tem no rei seu chefe supremo. De religião politeísta, constroem monumentais palácios ao lado dos templos sumérios. Avançam na arte militar, com tropas de grande mobilidade no deserto e armamentos leves, como o venábulo (lança). Dão forma silábica à escrita cuneiforme e transcrevem obras literárias sumérias.
  Babilônicos –Por volta de 2000 a.C., amoritas do deserto invadem as cidades-estados sumerianas e acadianas e fundam a cidade da Babilônia. Sob o reinado de Hamurabi (? -1750 a.C.), entre 1792 a.C. e 1750 a.C., a Mesopotâmia é mais uma vez unificada e inicia-se o I Império Babilônico, que vai da Suméria até o golfo Pérsico. Em 1513 a.C., os hititas destroem a capital e põem fim ao Império. De 614 a.C. a 539 a.C., sob a liderança do rei Nabucodonosor II (630 a.C.-561 a.C.), ocorre o II Império Babilônico. No final desse período, a Babilônia é incorporada ao Império Persa pelo rei Ciro II (590/580 a.C.-529 a.C.).
  Os babilônicos organizam um Estado centralizado e despótico. Seguem o Código de Hamurabi, o mais antigo código penal da história. O progresso econômico leva ao embelezamento das cidades, com a construção de palácios, templos, da Torre de Babel e dos Jardins Suspensos da Babilônia - considerados uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. Transcrevem obras literárias mesopotâmicas para o acadiano e instituem impostos em benefício de construções públicas. Criam a astrologia e a astronomia e aperfeiçoam a matemática com a invenção do círculo de 360 graus e a hora de 60 minutos. São politeístas e divinizam o rei.
  Assírios –Resultam da mestiçagem entre as tribos de semitas da Samaria (região da Palestina) e os povos do norte do rio Tigre. O Império Assírio novo (883 a.C. - 612 a.C.), que se estende da Pérsia (atual Irã) até a cidade egípcia de Tebas, atinge seu apogeu sob o reinado de Sargão II. As principais cidades-estados são Assur e Nínive.
  Formam o primeiro Exército organizado e o mais poderoso até então. Desenvolvem armas de ferro e carros de combate puxados a cavalo. Impõem práticas cruéis aos vencidos, como a mutilação. Os guerreiros e sacerdotes desfrutam grandes privilégios: não pagam tributos e são grandes proprietários de terra. A população, formada por camponeses e artesãos, é sujeita ao serviço forçado na construção de imensos palácios e estradas e ainda paga altos tributos. Os assírios implantam a horticultura e aperfeiçoam o arado. São politeístas e possuem um deus supremo, Assur.
  EGÍPCIOS –No Período Neolítico, tribos nômades indo-européias instalam-se na região do vale do rio Nilo, onde constroem cidades-estados, como Tebas, Memphis e Tânis. Estabelecem um Estado unificado por volta de 3200 a.C. e introduzem uma Monarquia centralizada no faraó, soberano hereditário, absoluto e considerado a encarnação divina. As cidades-estados são transformadas em nomos, divisões administrativas da Monarquia governadas por nomarcas. Até 2700 a.C., o Egito mantém-se relativamente isolado. Por volta de 2000 a.C. dá os primeiros passos para romper esse isolamento. Realiza incursões contra os beduínos do Sinai e conquista suas minas de cobre e pedras preciosas. A invasão dos hicsos, de origem caucasiana, interrompe essa expansão. O Egito expulsa os hicsos em 1600 a.C. e, em seguida, conquista Síria, Palestina, Mesopotâmia, Chipre, Creta e ilhas do mar Egeu. Em 332 a.C. passa a integrar o Império Macedônico e, a partir de 30 a.C., o Império Romano.
  A agricultura e o comércio de produtos naturais são a base da economia. Desenvolvem técnicas de irrigação e construção de barcos. Com a unificação, a propriedade da terra passa dos clãs ao faraó, aos nobres e aos sacerdotes. Os membros dos clãs são transformados em servos, que trabalham nas minas, na construção de palácios, templos e monumentais pirâmides de pedra (túmulos dos faraós). Os egípcios empregam a técnica de mumificação de corpos, fazem o primeiro calendário lunar e destacam-se na astronomia, na engenharia e nas artes. Lançam os fundamentos da geometria e do cálculo e criam a escrita hieroglífica (com ideogramas). Politeístas, cultuam o deus Sol e representam as divindades com formas humanas.
  HEBREUS –Povo nômade de origem semita que recebe posteriormente a denominação de judeu. Em 2000 a.C., sob a liderança do patriarca Abraão, os pastores hebreus migram para a cidade de Canaã, na Palestina. Em 1800 a.C., chefiados por Jacó, apelidado Israel (neto de Abraão), percorrem a Mesopotâmia até chegar ao Egito, em 1700 a.C., onde são escravizados. Entre 1220 a.C. e 1180 a.C., voltam a Canaã em busca de um território guiados pelo patriarca Moisés, no episódio bíblico conhecido como Êxodo. De 1200 a.C. a 1010 a.C., as 12 tribos organizam-se numa confederação político-religiosa para defender seus santuários. A partir de 1010 a.C., o reino unificado expande-se, dominando todas as cidades-estados da Cananéia. Em 926 a.C., divide-se nos reinos de Judá, ao sul (capital em Jerusalém), e de Israel, ao norte, que voltam a se unir em 852 a.C. Em 586 a.C. são incorporados ao Império Babilônico e deportados para a Babilônia: inicia-se a diáspora judaica, a dispersão dos judeus pelo mundo. Em 538 a.C. são incorporados ao Império Persa e, em 63 a.C., ao Império Romano. Os judeus recusam-se a cultuar o imperador romano, Jerusalém é destruída e, no ano 70, inicia-se a segunda diáspora.
  Praticam a agricultura, o pastoreio, o artesanato e o comércio. Têm por base social o trabalho de escravos e servos. As tribos são dirigidas de forma absoluta pelos chefes de família (patriarcas), que acumulam as funções de sacerdote, juiz e chefe militar. Com a unificação destas, a partir de 1010 a.C., elegem juízes para vigiar o cumprimento do culto e da lei. A partir de então unem-se em torno do rei. Produzem uma literatura dispersa, mas importante, contida em parte na Bíblia e no Talmude. Criam a primeira religião monoteísta da história, o judaísmo, baseada nos Dez Mandamentos revelados a Moisés no monte Sinai.
  FENÍCIOS –Povo de origem semita da costa setentrional do mar Vermelho (atual Líbano). Por volta do ano 1000 a.C., cidades-estados instauram a Fenícia como federação, sob a hegemonia de Tiro. Colonizam o sul da península Itálica, parte da Sicília, litoral sul da península Ibérica e norte da África, onde fundam Cartago em 814 a.C. A partir de 800 a.C., a Fenícia faz parte, sucessivamente, do Império Babilônico, do Império Persa e do Império Macedônico. Com a queda de Tiro, em 332 a.C., a hegemonia passa para Cartago, que enfrenta os romanos nas Guerras Púnicas. Cartago é derrotada em 146 a.C.
  A principal atividade econômica é o comércio marítimo. Realizam um grande intercâmbio com as cidades gregas e egípcias e as tribos litorâneas da África e da Península Ibérica, no Mediterrâneo. Possuem uma poderosa classe de comerciantes ricos e utilizam o trabalho escravo. A base da organização política são os clãs familiares, detentores da riqueza e do poder militar. Cada cidade-estado é governada por um rei, indicado pelas famílias mais poderosas. Criam técnicas de navegação e de fabricação de barco, vidro, tecido e artesanato metalúrgico. Criam um alfabeto, posteriormente adotado com modificações pelos gregos e a partir do qual é criado o alfabeto latino. Sua religião é politeísta, com cultos e sacrifícios humanos.
  PERSAS –Os persas, tribos nômades aparentadas dos escitas, do Cáucaso, deslocam-se para o planalto do Irã, mesclando-se aos povos locais (medos). Por volta de 700 a.C., cidades-estados como Pasárgada e Persépolis vivem sob hegemonia meda. Em 539 a.C., os persas derrotam os medos e, sob a liderança de Ciro II, iniciam o Império Persa. Ciro submete as sociedades da Mesopotâmia, consolida a hegemonia na Pérsia, conquista a Babilônia, o reino da Lídia e as colônias gregas da Ásia Menor. A partir de 522 a.C., durante o reinado de Dario, o Grande (558 a.C.?-486 a.C.), o Império estende-se para Trácia, Macedônia e parte da Índia. Sem conseguir administrar rebeliões no vasto território, Xerxes (519 a.C.-465 a.C.), que sucede Dario em 486 a.C., entra em conflito com as cidades gregas. As Guerras Médicas (492 a.C.-448 a.C.) acabam com vitória dos gregos. Em 331 a.C., os persas são submetidos ao Império Macedônico.
  Praticam a agricultura, a pecuária, o artesanato, a metalurgia e a mineração de metais e pedras preciosas. Realizam intensos intercâmbios comerciais, constroem estradas de pedra e canais para facilitar o transporte, as trocas e o correio a cavalo. Implantam uma economia monetária, adotam uma economia monetária e um sistema de pesos e medidas e instituem impostos fixos. No topo da estrutura social está a nobreza territorial, militar e burocrática e, na base, servos e escravos. Em 539 a.C., com Ciro II, passam a viver sob Monarquia absoluta. Criam uma literatura diversificada, particularmente a religiosa. Seguem os ensinamentos do profeta Zaratustra (ou Zoroastro), que realiza importante reforma religiosa no século VI a.C. A religião persa é dualista: os deuses são Ahura-Mazda, o bem, e Arimã, o mal.
  CHINESES –Desde a Pré-História, diferentes povos ocupam a China. O primeiro reino dinástico surge por volta de 2000 a.C. Durante quase 2 mil anos, sucedem-se disputas internas pelo poder. A primeira unificação ocorre em 221 a.C., com a dinastia Chin, substituída pela dinastia Han em 206 a.C. Expandem-se pela Ásia Central e Sudeste Asiático e, no século I, ampliam seu domínio até o golfo Pérsico. Desenvolvem a agricultura, a metalurgia de cobre e bronze e, a partir de 700 a.C., o comércio e a fabricação de seda, tecidos e artesanato de cerâmica. Entre os séculos I a.C. e III, introduzem novas técnicas agrícolas, como a rotação de culturas e a adubação. Inventam o papel, a bússola e sistemas monetário e de pesos e medidas.
  A sociedade evolui da forma comunal de propriedade para a posse territorial pela nobreza. Os camponeses tornam-se servos, pagando obrigações aos senhores territoriais. As dinastias são monárquicas. As funções administrativas e sacerdotais cabem ao imperador. Possuem uma escrita com ideogramas e literatura rica, na qual se destacam Kung-tsé (Confúcio), Lao-tsé e Mo-ti. São politeístas, cultuam a natureza e os antepassados. No século VI a.C., os ensinamentos de Lao-tsé transformam-se em religião, o taoísmo. O budismo é difundido a partir do século I a.C.